sábado, 1 de outubro de 2011

Os 4 Fs.

Amanhece e me sinto em uma propaganda de margarina ou em uma cena de um filme com final feliz. De repente tudo fica claro. Tudo se encaixa e nada parece fazer falta. Sei o que tenho que fazer e quem sou.
Me pego olhando no espelho e vendo o quanto sou bela e única. Pois é, por mais piegas ou clichê que isso possa soar, essa é a verdade. Somos, na maioria das vezes, seres belos e únicos. Ok, ainda existem seres acéfalos que insistem em ser mais uma cópia do mesmo. Mas a grande maioria já despertou para a realidade do milênio. Podemos e devemos ser o que somos, individualmente e diferentemente. O que não vale é se julgar superior ou o topo da cadeia evolutiva. O que não é justo é o desrespeito e a incapacidade de amar algo além da própria imagem. O que nos destrói e nos destitui de qualquer beleza é o eterno culto ao egoísmo, ao hedonismo e ao narcisismo. Essa tríplice aliança, inevitavelmente, nos conduz ao exílio emocional e eventualmente, ao exílio físico.
Essa enxurrada de ideias que me assola hoje é uma luta interna, quase inerente ao meu respirar.
Meus neurônios confabulam e me alertam sobre o próximo passo. Exigem uma atitude estratégica e racional que resultará em algo positivo e seguro.
Já meu desejo de ser um trem desgovernado e pronto pra destruir tudo a minha frente, ou de me jogar pelo mundo sem destino ou paradeiro, grita e me confunde.
Amanhece e me sinto em um drama mexicano ou em um filme do Tarantino.
Sou inundada por inúmeras vontades e loucuras todos os dias. Tudo conspira para isso. Novas oportunidades e novos prazeres saltam em cada esquina que resolvo dobrar. Meu trajeto nunca parece ser a definição de uma reta. Nada parece estar ao menor alcance. Todo caminho que penso em tomar abriga novas promessas. Olho para o espelho e repito: "Foco, força, fé e foda-se!".

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